15 de nov. de 2012

Literatura africana na sala de aula


É provável que você já tenha dito aos seus alunos como ler é importante e prazeroso. Nessas aulas deve ter destacado que o hábito permite aprender como vivem outros povos e quais são seus costumes e tradições. Isso não é diferente com a produção literária africana, rica em escritores que discutem e reescrevem a história dos países onde nasceram.
Levar estes nomes para a sala de aula respeita a Lei 10.639/03, que inclui o ensino da História e Cultura Africana no currículo das escolas brasileiras. Por meio das Orientações e Ações para a Educação das relações étnico-raciais – documento que indica atividades e temas para cada segmento de ensino – o Ministério da Educação propõe que, muito mais do que simplesmente cumprir a lei, o foco seja o estímulo a valores como diversidade e apreciação da cultura negra.
Para Tânia Macedo, do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo, a inclusão de nomes africanos nas aulas de Língua Portuguesa contribui para desmistificar muito do que o senso comum pensa sobre a África. “É um jeito de entender uma versão que não conhecemos. Muita gente imagina que a África é um país, onde todo mundo é igual e todos vivem em tribos. Quando leem que há árabes por lá ou percebem, por meio das narrativas, como os africanos são diferentes entre si se surpreendem”, explica.
Esse continente tão plural tem muito a ver com o nosso país e é a fonte de muitos hábitos culturais que temos aqui. Em artigo publicado na revista Ecos, a especialista em literatura Renata Beatriz Brandespin Rolon defende que ao apresentar autores africanos de Língua Portuguesa, a escola media e estabelece diálogos com outras literaturas e contribui para a quebra de preconceitos.


No mês da Consciência Negra, aproveite a obra de cinco escritores africanos para ensinar um pouco mais sobre a cultura e a história da África aos alunos. No link: http://abr.io/6py6




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