4 de set. de 2012

Incluindo as crianças no acompanhamento dos gastos familiares


Falar que a geração de hoje é completamente consumista não é novidade para ninguém. As crianças são “bombardeadas” por informações através dos mais diferentes veículos de informação (televisão, rádio, vitrines, outdoors, etc) e incentivadas da “ter” os mais diferentes itens para se sentirem felizes. Esta “falsa e momentânea” felicidade acaba por interferir diretamente no orçamento de muitas famílias.
Há pesquisas que indicam que nos Estados Unidos os gastos com crianças na faixa dos 4 a 12 anos cresceram 400% na década de 90, e aqui no Brasil, no mesmo período, houve um gasto computado na faixa de noventa bilhões de dólares
É, realmente já está passando da hora de ensinarmos aos nossos filhos como devem se comportar diante do uso do dinheiro.
Logo no início do ano, no mês de Janeiro, há gastos forçados o qual você não tem como protelar. Caso o faça gastará muito mais. Sim, porque em janeiro além de ainda ter os gastos efetuados com as Festas de Final de Ano, tem o IPVA, o IPTU (algumas Prefeituras dão excelentes descontos para o pagamento à vista), as crianças em férias (os gastos aumentam consideravelmente) e a compra do material escolar dentre tantos outros vencimentos.
Este então é um excelente momento para incluir a criança no acompanhamento dos gastos familiares. Nada mais justo do que ela participar das propostas de elaboração para que se consiga saldar todos os compromissos.
Outra boa sugestão desta prática é o acompanhamento da criança na compra do material escolar. Ela terá a oportunidade de desenvolver uma visão consciente das possibilidades financeiras da sua família e dos itens alternativos que ela pode, por vontade própria, substituir na sua aquisição.
Outra excelente oportunidade é a de levar a criança para as compras no supermercado. É importante que ela também tenha o seu carrinho e uma quantia “x” para gastar em suas compras. Esta prática constante mostrará para a criança como funciona o “adquirir” dentro das suas possibilidades. É imprescindível que ela não compre nada que ultrapasse o que ela tem de dinheiro, caso contrário, de nada valerá esta experiência.
A criança deverá usar dinheiro em espécie para pagar suas compras, pois como hoje se usa o cartão para pagar todo e qualquer valor a criança não faz a ligação de que este cartão representa o dinheiro que se tem no banco. Já presenciei situações em que os pais explicam que determinada mercadoria é cara e que não têm dinheiro para comprar e a criança diz, mas você tem o cartão. Esta ideia de que o cartão não tem relação com o dinheiro é uma realidade que deve ser trabalhada adequadamente.
Este aprendizado ajudará na formação de um cidadão consciente das suas possibilidades financeiras.
E você? Trabalha o uso consciente do dinheiro com seus filhos-alunos?
Fonte: Educa já.

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